terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Le mie parole in libertà


Sempre fui a favor de tudo o que não é
um copo de café pode, ou não, me ajudar
e para esquecer tenho que lembrar
de tudo o que eu não tinha

A Divina Comédia - RAD

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Estou ouvindo - QUEENS OF THE STONE AGE


Josh Homme, membro fundador e unico
remanescente da formação original.
Antes de se tornar essa grandiosa banda, a primeira formação demorou pra aparecer. Josh Homme, que até então era um dos guitarristas da banda grungiana Screaming Trees, achou tempo para formar um projeto paralelo que pudesse satisfazer suas necessidades musicais. Depois de inúmeras tentativas, foi formado enfim o QOSA. O primeiro album, homônimo, foi produzido e posto em formato fisico em 1998, por Stone Gossard, guitarrista do Pearl Jam. A formação éra distinta, mas ja contava com Nick Olivieri, um dos membros mais lembrados (seja por sua habilidade, ou polêmicas). Entre os hits (e minhas preferidas) constavam Avon, If Only e Mexicola, entre outras musicas revolucionárias pra época. Com o fim do Screaming Trees, Josh pode se dedicar completamente ao QOSA, e então gravaram o Rated R, em 2000, que já contou com mudanças de formação, mas que não atrapalharam o processo. Tanto que as baterias desse disco foram gravadas por 3 bateristas diferentes, incluindo o próprio Josh, além de participações inusitadas de Rob Halford, e outros musicos de renome. Entre os hits, constam Feel Good Hit Of The Summer, The Lost Art Of Keeping A Secret e Monster In The Parasol. Um ano depois, no Rock in Rio, Olivieri teve que ser detido ao entrar no palco brasileiro completamente nu. No ano seguinte, a banda ja estava em estudio para concluir mais uma obra prima do rock, o tão aclamado (e o melhor na minha opnião) Songs For The Deaf. Ainda com problemas quanto a quem seria o responsavel pelas baterias, surge então a esperança nas mãos pesadas de Dave Grohl. Sendo um verdadeiro desafio para todos, Grohl se dedicou tanto a ponto de parar seus projetos com os Foo Fighters para seguir em turnê com a banda. É o cd que conta com os maiores sucessos da banda, entre eles Go With The Flow, a estrondosa Songs For The Dead, First it Giveth e o maior hit deles, a No One Knows. Lullabies to Paralyze é um album com uma proposta diferente, provando que a banda conseguiria compor musicas melódicas, mas sem perder o peso. Nesse disco, Joey Castillo ja se firmou o baterista oficial da banda e Olivieri decretou sua saida. O disco marcou todas as trocas de formação que a banda pode fazer, que ja contava com Mikey Shoes no baixo e linhas de teclado, apesar de em alguns clips e shows eles aparecerem como um trio. O cd contou com Little Sister, In My Head, Burn The Witch e Someone´s In The Wolf. Por fim, ainda cumprem a turnê do tão esperado Era Vulgaris, em 2007, que superou todas as expectativas e mudou bruscamente, deixando as musicas ainda mais psicodélicas, fortes e com distinções entre elas mesmas que são inexplicaveis. O album conta com participações inusitadissimas como ZZ Top, Julian Casablancas e do Nine Inch Nails. O cd mostra a versatilidade dos musicos com os hits Sick Sick Sick, Make It Wit Chu e 3`s & 7`s. Entre os shows promovendo o ultimo album, a banda passou pelo Brasil, festival "bio degradável" SWU (que eu tive a sorte e o prazer de poder ver e até chorei) e hoje, além do QOSA, Josh (que não consegue parar quieto) montou a banda all stars Them Crooked Vultures, que conta com o já conhecido dele Dave Grohl e do brilhante baixista John Paul Jones, ex Led Zepellin. A banda também chegou a figurar no Guiness Book, como a banda que mais trocou de formação do mundo.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Le mie parole in libertà

Porque é que me arrependo
de ter perdido tempo
te perguntando tanto
e nunca te contando
pois sempre que esteve aqui
acomodou meus olhos e depois que te perdi
ainda esteve aqui

Pássaro - RAD

sábado, 5 de fevereiro de 2011

البطاريية, Batterie, Drums, Bateria.

A vantagem de ser baterista é ofuscada pelas desvantagens, até porque, não é qualquer um que tem paciência e auto sustentação para manter essa atividade. Mas, todo baterista é realmente meio bitolado, então se entende a escolha do instrumento. Pode perceber, que nenhum baterista é uma pessoal normal.
Apesar de tudo, bateria te oferece uma sensação única. Todos, sem exceção, todos os músicos, já quiseram, também tocam ou sonham em tocar bateria. É um dos poucos instrumentos que lhe oferece criatividade total, sem repreensão e notas a seguir. Ouvir a musica já é mais que necessário. É claro, tanta praticidade assim, tem um preço, e caro! Bateria, em seu próprio conjunto, é sempre o instrumento mais caro. O mais caro, mais fácil de quebrar e mais difícil de limpar. O maior e mais difícil de transportar, além de todos os adicionais, que levam mais dinheiro, tempo e espaço. A mais fraca das baterias já tem um preço inacessível.

Por isso que falam, sempre falam, e às vezes visando minhas próprias condições eu concordo que, quem escolhe tocar bateria é louco. E realmente, sou louco, mas nem por isso vou deixar de fazer. Até porque, é a única coisa que sei fazer. Bateria não tem notas, tem peles. Bateria não exige palheta, mas exige baquetas (maiores e bem mais caras que palhetas, mas podem ser substituídos por pincéis, espanadores ou colheres de pau). Bateria é estranha, mas bem que todo mundo quis uma. Imagina, você com um kitzinho de bateria no quartinho do quintal da sua casa? Todo mundo sonhou com isso que eu sei!
Ta nervoso? Brigou com a mamãe? Não tem o que fazer? Vai pro quintal, desconta seus problemas, magoas e descarrega seu tédio em cima da coitada. Afinal, ela foi feita pra isso. Mas, sinceramente, eu não conheço nenhum baterista infeliz. Pelo menos não com sua escolha. Só a bateria te faz suar, exige tanto de todos os seus membros superiores e inferiores, e te da em troca sonoridade forte, marcante e que faz falta em qualquer musica. Não é você que escolhe tocar bateria, a bateria que escolhe quem á toca. E são apenas pessoas preparadas, claro. Não é qualquer pessoa que nasceu pra tocar bateria.
Acho que Deus escolhe idiotas e débeis mentais pra ter a paciência necessária pra agüentar todas as tristezas que a bateria vai te trazer. Mas só ela aceita que você desconte tudo isso nela mesma.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

“Todos nós viemos de um escravo, cantando no campo, em algum lugar"

O Blues, o Jazz, Rock, Gospel... Tudo o que você pode ouvir em relação a estilo musical e suas derivações (e sub derivações, e por ai vai) começou pelos negros. Ou você acha que os senhores feudais perderiam tempo tentando fazer alguma coisa ligeiramente cultural pra época? Estranho eram os negros tentarem isso nos poucos tempos vagos que tinham sem trabalho. O que você esta ouvindo agora, se deve completamente aos negros.

Quem disse a frase titulo da postagem foi Lenny Kravitz, um pregador de peças quanto ao estilo musical que (tenta) seguir e a sua aparência mutavel. Filho de uma atriz e de um executivo televisivo, a vida nunca pareceu tão dificil para Lenny, que ainda assim apostou na musica, ja que estava sempre envolvido com a cultura.

Eu ouso ao dizer (ouso mesmo!) que é o mais perto de Hendrix que temos na atualidade. Musico completo, gravou seus primeiros cd´s tocando todos os instrumentos, além de compor todas as letras. Sempre seguindo as veias Pop/Comercial, mas nunca abandonando a obrigação que tem de seguir com a cultura bem sucedida da musica negra no cenário musical mundial.

“Todos nós viemos de um escravo, cantando no campo, em algum lugar" - Lenny Kravitz

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Look this backing, and fotograph

Um final de semana sem ensaio, não é um final de semana totalmente perdido. Dependendo da atividade e das pessoas que vão te circular. Esse domingo, foi massa pra ambas as situações. Começamos, os 4, pelo estudio do Cleber, o Music Way. Algumas linhas vocalicas foram propostas na hora, o que tornou ainda mais interessante as gravações. Os backings foram propostos e idealizados antes, é verdade... Mas o que lapidou a ideia, foram os 5 segundos anteriores ao momento exato de Cleber apertar o "rec". E ainda existem ideias mais elaboradas a serem acrescentadas, Jessé pode falar melhor disso. Depois de risos exagerados, e de erros tosquérrimos (Marcelo que o diga), alguns detalhes registrados casualmente foram acrescentados em algumas musicas.

Depois de gravar e rir muito, rolou uma sessão de fotos chuvosa, com Maruza Callegari. Divertidissima, e bem florestal. Cenário vintage e abandonado, igual á nós mesmos, da Bellatores. Maruza soube captar bem nossas sugestões, e sempre dando as sugestões dela, que não são nem um pouco descartaveis. Vou receber as fotos hoje, e posto algumas pra vocês verem melhor o trampo da menina. Vou postar o contato dela junto com a postagem das fotos, no caso de vocês sentirem vontade de apreciar os dotes fotográficos da moça.

O EP fica pronto até Fevereiro, e terá definitivamente o nome de Capricórnio. Mas a Tropical FM talvez não vá querer tocar nossas musicas. =/